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Ministro da Construção quer travar altos preços das empreitadas no país

O novo ministro da Construção e Obras Públicas avisou que pretende combater os altos preços das empreitadas que se fazem no país e vai igualmente "regular" os valores dos contratos de consultoria no sector.

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Manuel Tavares de Almeida, empossado no cargo no final de setembro, falava em Luanda, na inauguração da 14.ª edição da Projekta Angola. A crise financeira vai obrigar a uma nova postura no sector, como advertiu o governante: "Devemos trabalhar para que os preços das empreitadas estejam mais alinhados com as práticas internacionais. Neste sentido, vamos continuar a incentiva o desenvolvimento da indústria interna de materiais de construção, com especial atenção aos materiais de acabamento".

Traçou ainda como objectivo a "definição, estabelecimento e criação das normas e regulamentos técnicos a utilizar no país", bem como "regular os preços dos serviços de consultoria, elaboração de projectos e execução de obras".

O ministro, nomeado para o cargo pelo novo Presidente João Lourenço, quer igualmente um melhor aproveitamento da produção nacional instalada de cimento, que não está a ser utilizada, provocando o actual cenário de falta daquele produto no mercado. Em simultâneo, avisou, haverá um "maior rigor na fiscalização" das obras públicas, de forma a "elevar a qualidade" às que são feitas nos países em desenvolvimento.

Perante algumas dezenas de empresários do ramo da construção presentes nesta edição da Projekta, que decorre até Domingo na marginal da Baía de Luanda, Manuel Tavares de Almeida referiu que o país continua a representar um "forte atractivo" para o investimento no sector, apesar da crise provocada pela queda nas receitas da exportação de petróleo. "Um país em construção, ainda carente de infra-estruturas diversas", explicou o ministro.

Na ocasião, o governante assumiu igualmente o compromisso do executivo de apoiar as empresas do sector da construção civil e obras públicas, "em especial as nacionais": "Para que se consolidem e cresçam, para que estejam cada vez mais capacitadas tecnicamente e assim poderem estar em condições de participar na livre e justa concorrência. Repito: justa concorrência. Abraçando os desafios do país".

Num "quadro de uma governação aberta, inclusiva e participativa", como o próprio definiu na intervenção de hoje, o Ministério da Construção e Obras Públicas pretende "encetar um diálogo franco e aberto com todos os agentes que intervêm na cadeia de actividade do sector", por forma a "obter contribuições" que possam "ajudar na melhoraria" do relacionamento com os privados, "enquanto parceiros do Estado".

Deu como exemplo, "já nos próximos dias", a realização do Fórum de Auscultação às Organizações da Construção Civil e Obras Públicas", a ter lugar duas vezes por ano, para ouvir as empresas e os técnicos do sector.

"Será certamente uma nova forma de interacção entre a Tutela, que representamos, e os mais diversos intervenientes do sector da construção e obras públicas, como forma de obtermos, em ultima instância, um compromisso que melhor nos conduza na direcção certa do nosso trabalho de projectar e construir com qualidade, segurança e durabilidade", exortou o ministro Manuel Tavares de Almeida.

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