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Ministra quer melhoria nas condições em que o peixe é vendido nas praias de Luanda

A ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, criticou as condições higiénicas em que é comercializado o peixe nas praias de Luanda, apontando responsabilidades, nomeadamente, aos armadores.

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A posição foi assumida durante a cerimónia de apresentação do Plano de Gestão Ambiental do Porto Pesqueiro de Luanda, que concluiu que "a situação ambiental da zona envolvente é catastrófica", apelando por isso à conjugação de esforços para inverter a situação.

"Fizemos um mercado também na ilha de Luanda, para resolver aquela pouca vergonha - desculpem, mas é o que se passa na zona da salga e seca. E esta pouca vergonha é feita com o concurso dos próprios armadores, daí a importância de todos juntarmos sinergias para resolver esses problemas", disse.

Centenas de pessoas dedicam-se na Ilha de Luanda à venda de peixe descarregado diariamente por embarcações de pesca tradicional, actividade que é feita no areal, ao sol e sem qualquer tipo de protecção.

O Plano de Gestão Ambiental do Porto Pesqueiro de Luanda é um estudo realizado pela empresa de limpeza e electrodomésticos ECOSEL, em colaboração com a Empresa Portuária de Pesca de Angola (PESCANGOLA), instituição pública gestora do Porto Pesqueiro de Luanda.

A governante criticou ainda a forma como é comercializado o peixe no Mercado da Mabunda, uma das praias a sul de Luanda, recordando que a missão do sector que dirige vai apenas até ao grossista, mas sublinhou ser indispensável que o peixe chegue ao consumidor em óptimas condições.

"Fizemos agora as instalações do Mercado da Mabunda que, de facto, era uma vergonha e ainda é o que lá se passa. E foi pedido ao ministério para fazer um novo mercado com condições higiénicas boas", observou.

Victória de Barros Neto assumiu ainda a necessidade de trabalhar no processo da logística e distribuição do peixe, com o apoio do sector privado.

Classificando este cenário como "preocupante", a governante exortou sobretudo aos armadores para a necessidade de uma mudança de comportamento. "As peixarias, por exemplo, têm de ser do sector privado, no sentido de interceder para que a venda do pescado se faça em condições óptimas. Temos dito aos nossos armadores que o peixe é um recurso de todos angolanos, os nossos armadores têm o privilégio de terem já uma licença de pesca", acrescentou.

Em relação aos resultados do Plano de Gestão Ambiental do Porto Pesqueiro, a ministra da Pesca e do Mar defendeu a sua implementação em todos os recintos portuários do país, alertando ainda para a necessidade da componente da educação ambiental junto de todos os intervenientes.

"Porque temos uma responsabilidade que é colectiva (...). Reconhecemos que no Porto Pesqueiro a actual situação higiénica, de facto, não é das melhores, e foi precisamente por isso que foi feito o estudo", concluiu.

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