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BPC entra em 2018 saneado após venda de crédito malparado

O presidente do estatal Banco de Poupança e Crédito (BPC) garantiu que a instituição vai entrar em 2018 já com o processo de saneamento da carteira de crédito malparado, superior a 3000 milhões de dólares, concluído.

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De acordo com Ricardo d'Abreu, com o processo de saneamento da carteira de crédito malparado do banco estatal, o maior em Angola, através da venda de uma parte desse total a outra sociedade estatal, a Recredit, ainda este ano será possível ao BPC "relançar a actividade do ponto de vista creditício". 

"Praticamente está a ser finalizado [a venda de parte do crédito malparado]. É nosso objectivo que até ao final deste ano nós tenhamos já isso tratado com a Recredit, entrando em 2018 já com um outro tipo de balanço e uma outra estrutura, do ponto de vista da solidez e robustez do banco", afirmou o presidente do conselho de administração do BPC.

Ricardo d'Abreu falava aos jornalistas à margem de uma conferência da consultora internacional Deloitte, realizada em Luanda, para apresentação de dados sobre o sector bancário angolano. 

Em Julho deste ano, questionado pela Lusa, o administrador explicou que o BPC tem 500 mil milhões de kwanzas na carteira de crédito malparado e que já foi emitida dívida pública no valor de 231 mil milhões de kwanzas a favor da sociedade Recredit, também estatal, que vai gerir os créditos problemáticos da banca angolana, a começar pelo BPC.

Em 2016, o BPC tinha 443 agências em todo o país, com 5530 trabalhadores, tendo o administrador garantido que o plano de reestruturação não passa, para já, por despedimentos ou fecho de balcões, mas por outras medidas de poupança interna.

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