Segundo o contrato de investimento privado, aprovado no final de Setembro pelo Governo, ao qual a Lusa teve acesso, a central em causa visa a produção de energia para a fábrica de cimentos do próprio grupo, que funciona na comuna do Bom Jesus, arredores de Luanda.
Além disso, o grupo CIF já celebrou um contrato de aquisição de energia com a empresa pública Rede Nacional de Transporte, que adquire 50 MegaWatts (MW) de electricidade ali produzida, "resultante do excedente".
Contudo, de acordo com o mesmo documento, o grupo investidor ainda não recebeu a respectiva licença de concessão, obrigatória nos termos da Lei da Delimitação dos Sectores da Actividade Económica.
"O presente contrato de investimento visa reconhece a implementação de uma central térmica, destinada à auto-produção de energia, que terá como sociedade veículo a CIF Central Térmica", acrescenta o contrato entre o grupo chinês e a Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), em representação do Estado.
O investimento envolve ainda a criação de 65 postos de trabalho directos, 19 dos quais para estrangeiros, com o Estado a comprometer-se com a atribuição de incentivos fiscais como a redução em 37,5 por cento na taxa de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capital e de Sisa a pagar, durante um período de seis anos.
A CIF é um dos maiores grupos chineses a operar em Angola, com actividade em várias áreas.