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Ambiente

Estado financia sector agrícola com 360 milhões de dólares

O Estado vai gastar 363,4 milhões de dólares em infraestruturas agropecuárias, incluindo uma fazenda de sementes, contratos entregues à empresa THAL, conforme despacho assinado por José Eduardo dos Santos dias antes de cessar funções como chefe de Estado.

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Com o documento, de Setembro, menos de duas semanas antes da posse de João Lourenço como novo chefe de Estado, é aprovada a inclusão das quatro obras no Programa de Investimentos Públicos (PIP) de 2017, decisão justificada por "a segurança alimentar e nutricional dos angolanos" constituir "uma prioridade do Governo".

Essa prioridade "deve ser suportada por um conjunto de projectos agrícolas integrados a ser implementados em diversas províncias", lê-se no documento, ao qual a Lusa teve acesso Terça-feira.

Em causa estão três empreitadas de construção de Infraestruturas de Desenvolvimento Agropecuário nas províncias de Cabinda, Huambo e Lunda Sul, cada uma contratada por 97 milhões de dólares.

Soma-se uma quarta empreitada, a construção da Fazenda de Sementes da Quibala, na província do Kwanza Sul, por 72,4 milhões de dólares.

Todos os contratos, autorizados pelo ex-Presidente da República, envolvem a contratação da empresa THAL pela administração da Gesterra, empresa pública responsável pela gestão de terras aráveis no país.

"O ministro das Finanças deve assegurar os recursos financeiros necessários à implementação dos referidos projectos", concluiu o mesmo despacho, sem adiantar mais informação sobre a empresa contratada para estas quatro empreitadas.

O município do Cachiungo, na província do Huambo, acolhe esta Quarta-feira o acto nacional de abertura da campanha agrícola 2017/2018, na presença do Presidente, João Lourenço, a primeira visita oficial do novo chefe de Estado fora de Luanda.

O ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Alexandre Nhunga, reconduzido no cargo, já prometeu uma aposta no sector agropecuário, dando prioridade à produção familiar, com aposta na produção nacional de milho, soja, arroz e feijão.

"Consideramos serem estas culturas fundamentais para alavancar o sector agropecuário. Sendo estas culturas de alto interesse e de grande importância a nível mundial, vamos dar uma atenção especial as estas 'commodities'", disse, este mês, o ministro.

Potenciar os camponeses em regime de produção familiar com meios e ferramentas está igualmente na agenda: "Com mais charruas de tracção animal, mais enxadas, catanas, fertilizantes, sementes de melhor qualidade e mais produtivas, mais apoio técnico, com uma presença activa junto das comunidades ajudando na melhoria das técnicas de produção", afirmou.

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