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Fábrica de sacos precisa de mais de um milhão de dólares para iniciar produção

A falta de matéria-prima para produzir sacos de ráfia está a condicionar o arranque da fábrica Indusaco, do Grupo Bartolomeu Dias, sendo necessário um milhão e 500 mil dólares para iniciar a produção, segundo o seu proprietário.

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Instalada na província de Luanda, a fábrica tem uma capacidade instalada para produzir um milhão e 200 mil sacos por mês, um total de 16 milhões de sacos durante o ano, quantidade que, segundo Bartolomeu Dias, é capaz de cobrir a necessidade do mercado em ter arrancarmos de sacaria.

“A fábrica já está montada há mais de um ano e pronta para arrancar. No entanto, com a falta matéria-prima, precisamos de importá-la, e não temos divisas. Precisamos de um milhão e 500 mil dólares”, disse Bartolomeu Dias, de acordo com O País.

O empresário garantiu ainda que quando a fábrica estiver concluída, vai empregar directamente 100 pessoas, nos sectores de produção e administração, sendo que serão criados, de forma indirecta, outros mais de 100 postos de trabalho.

A matéria-prima para o fabrico de sacos são granulados de PET, provenientes da exploração petrolífera, cuja produção no país é inexistente. A matéria é conhecida por polietileno. Em relação à Nori, empresa do grupo que se dedica à refinação de óleo alimentar e na produção de sabonetes, Bartolomeu Dias avança que está em funcionamento apenas a produção do detergentes.

“Tínhamos grandes quantidades de óleo em tanque para refinar, mas não tínhamos tampas e tivemos que recorrer a outras fontes para podermos comprar as referidas tampas, cujo valor total era de 27 mil dólares e não conseguíamos comprar este valor ao câmbio oficial. Daí o recurso a outras fontes”, explicou.

Bartolomeu Dias acrescentou que, existem divisas no mercado informal, mas ao fazer recurso a este mercado para a aquisição de moeda estrangeira encarecia o produto e o peso seria para o consumidor final.

Perante o quadro, o empresário lamenta sobretudo porque não tem sido dada a atenção devida às suas solicitações de divisas para atender o processo de refinação de óleo, um produto essencial e que faz parte da cesta básica.

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