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Saúde

Especialistas querem levar a telemedicina a todos os países da CPLP

Especialistas da saúde querem aproveitar a experiência do Brasil, Cabo Verde e Portugal para levar a telemedicina a toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para unificar processos, melhorar a utilização de recursos e a cooperação.

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A intenção foi avançada esta Quarta-feira à imprensa pela responsável do serviço de telemedicina de Cabo Verde, Vanda Azevedo, e pelo coordenador da Rede Universitária de Telemedicina, Luiz Ary Messina, durante a abertura da primeira reunião do sector, que acontece na cidade da Praia.

"Aguardamos esta reunião com alguma ansiedade, porque se Cabo Verde, Brasil e Portugal já têm um programa estruturado de telemedicina, os outros países (da CPLP) não têm. Então queremos ver se conseguimos unificar os processos", apontou Vanda Azevedo.

A responsável médica afirmou que Cabo Verde, Brasil e Portugal já partilham experiências e querem que esses conhecimentos sejam partilhados também com Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e os outros países que falam português.

"A experiência existente em Portugal, Brasil e Cabo Verde - e daí a realização da reunião em Cabo Verde, pela experiência com as nove ilhas habitadas - vai ser fundamental para os outros países que ainda não têm", completou Luíz Ary Messina.

O coordenador da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) do Brasil, um dos organizadores da reunião, notou que todos os ministérios da Saúde da CPLP já estão conscientes da prática da saúde digital, mas referiu que serão precisos recursos para se poder avançar mais rápido.

"O mais importante, talvez, seja o facto de já termos alguns países com experiência e termos a participação massiva dos representantes dos Ministérios de Saúde da CPLP (na reunião)", prosseguiu.

Apenas a Guiné-Equatorial e Timor-Leste não marcam presença com nenhum representante na reunião, que terá a duração de três dias e em que serão debatidos vários temas sobre a saúde digital em língua portuguesa.

"Aos poucos, todos os ministérios de Saúde vêm-se dando conta da importância da saúde digital. A minha expectativa e esperança é que isso comece a servir e seja compreendido como uma vacina para todos os processos na área da saúde", manifestou Luiz Messina.

O coordenador sublinhou a importância da participação do sector privado, considerando que serão os produtos gerados pelas empresas que servirão para um maior avanço na medicina digital ao nível da comunidade de língua portuguesa.

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