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Economia

Consultora BMI estima crescimento económico nacional acima de 4,1 por cento em 2018

A consultora BMI Research considerou esta Quinta-feira que o crescimento económico de Angola deverá ultrapassar no próximo ano os 4,1 por cento, assumindo estar “marcadamente acima” do consenso dos analistas, que estimam uma expansão da economia de dois por cento.

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“A nossa previsão para o crescimento de Angola em 2018 está marcadamente acima do consenso dos analistas, a 4,1 por cento, comparado com dois por cento, principalmente alicerçado pelo aumento de curto prazo na produção de petróleo no poço Kaombo, da Total, que quando estiver operacional vai aumentar a produção em 230 mil barris por dia”, escrevem os analistas.

Numa breve análise sobre as previsões para alguns países africanos, a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que este aumento da produção “representa uma subida de sete por cento e levará a um maior volume de exportações” para Angola, o maior produtor de petróleo da África subsaariana, a par da Nigéria.

O aumento das receitas por esta via, vincam, “vai melhorar o acesso a divisas estrangeiras, estabilizando a taxa de câmbio do mercado paralelo e aumentando o poder de compra dos consumidores”.

Os analistas da BMI alertam, no entanto, que estes desenvolvimentos "serão transitórios, e a produção de petróleo vai retomar a tendência de declínio em 2019, o que significa que estas melhorias serão de curta duração".

Entre as vantagens do país, a BMI Research apontava então os "abundantes recursos naturais, como diamantes e hidrocarbonetos", e as estreitas ligações com a China, apresentadas como "uma fonte confiável de empréstimos públicos a taxas relativamente baratas".

Em sentido inverso, os analistas destacam a "enorme dependência estrutural do petróleo", que vale mais de 90 por cento do total das exportações e cerca de 70 por cento da receita fiscal, a par da "elevada corrupção e um inóspito ambiente empresarial, que é um obstáculo aos investidores estrangeiros e nacionais".

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