De acordo com uma autorização em forma de despacho presidencial de 7 de Setembro, assinado ainda por José Eduardo dos Santos, que cessou as funções de Presidente da República na Terça-feira, em causa estão três obras que visam a "redução da exposição em áreas de risco" na província de Benguela.
Ao consórcio formado pela Qingjian Group e pela empreiteira MCA Vias é entregue, com este despacho, a empreitada de construção de 1750 habitações sociais e infraestruturas internas para realojamento nas cidades do Lobito e Catumbela, na província de Benguela, por 239,7 milhões de dólares.
Uma segunda empreitada envolve a estabilização e regeneração das áreas de risco nas encostas entre o Lobito e Catumbela, neste caso por 143,1 milhões de dólares, cabendo ainda à Qingjian Group e a MCA Vias a empreitada de construção da macrodrenagem nas mesmas duas cidades, por 124,6 milhões de dólares.
Estas empreitadas ficam dependentes da consignação, a cargo do novo Governo, que desde 26 de Setembro é liderado por João Lourenço, eleito em Agosto Presidente da República.
Estas obras estão relacionadas com as consequências das chuvas fortes que caíram nos municípios de Lobito e Catumbela entre 11 e 12 de Março de 2015, provocando na altura cerca de 70 mortos, de acordo com o balanço do Serviço de Protecção Civil e bombeiros locais.