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Defesa

Polícia garante que raptos de estrangeiros em Luanda são pontuais

A polícia nacional desvalorizou a onda de criminalidade em Luanda, garantindo que os casos de raptos de estrangeiros com pedidos de resgate são pontuais e uma prática executada sobretudo por cidadãos estrangeiros ilegais.

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A posição foi assumida pelo director provincial da Investigação Criminal de Luanda, Amaro Neto, questionado pela agência Lusa numa conferência de imprensa que serviu para divulgar pormenores da operação policial de libertação de um português e de um cabo-verdiano que estiveram alguns dias em cativeiro, na capital.

"Não é preocupante porque o nosso Estado está atento. Nós estamos preocupados é porque não podemos deixar que estrangeiros e mesmo angolanos criem instabilidade numa cidade como a nossa. Pedimos é a colaboração de todos, porque são casos que mexem com a sociedade", afirmou Amaro Neto.

Só este ano há registo público de cerca de uma dezena de casos do género e a polícia atribui a autoria de sete a um grupo formado por dois cidadãos da Nigéria e um da República Democrática do Congo, os três ilegalmente em Angola.

Segundo o chefe das investigações, as vítimas anteriores - casos que já se arrastavam desde Março - e que chegaram a pagar resgate pela libertação, já identificaram positivamente os três suspeitos, apanhados em flagrante na operação que libertou no dia 23 de Setembro um português e um cabo-verdiano também com nacionalidade indiana.

Amaro Neto explicou ainda que o crime de rapto com exigência de pagamento de resgate não é típico da criminalidade angolana, apesar de se confundir com os casos, comuns, conforme apontou como exemplo, de roubo de automóveis ainda com os ocupantes no interior, obrigando à entrega de valores e outros bens.

Ainda assim, admitiu que estes casos provocam um "clima de insegurança" nos cidadãos, nomeadamente na comunidade expatriada, quando são "coisas pontuais". As vítimas têm sido sobretudo cidadãos europeus e asiáticos (chineses e vietnamitas).

Entre cidadãos estrangeiros residentes em Luanda têm circulado nas últimas semanas várias mensagens, de telemóvel e correio electrónico, alertando para viaturas suspeitas que circulam na capital e vários assaltos violentos ocorridos.

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