Com o andar da carruagem e, à medida que o escrutínio nas Comissões Provinciais se desenrolava, os resultados apresentados pela CNE se iam-se consolidando, mostrando-se fiáveis e fidedignos.
Segundo o CNE "as províncias do Cuando Cubango, Luanda, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Cunene, Cabinda, Moxico, Benguela, Bengo, Huíla e Zaire têm já os dados definitivos das eleições gerais", perfazendo mais de 50 por cento, ou seja, 11 das 18 províncias existentes no País.
Os resultados provisórios apresentados apontam o MPLA à frente da contagem de votos, com 61,10%, seguido da UNITA, 26,71%, CASA-CE, 9,46%, PRS, 1,33%, FNLA, 0,90%, e APN, 0,49%.
Mas este não é o cerne da questão. A primeira aparição da Drª Júlia Ferreira, para divulgação dos resultados provisórios, foi depreendida para muitos com um estado de nervosismo, a julgar pela quantidade de água que a mesma ingeriu durante a divulgação dos resultados. Houve mesmo quem chegasse a dizer que "a responsabilidade que ela carregava sobre os suas mãos era tamanha que obrigava a ingerir muita água", e quem dissesse também que "ela foi abandonada, deixada órfã, pelo Presidente da CNE, Dr. André da Silva Neto" que nesse momento deveria estar do seu lado".
Meus caros o que ouvimos e assistimos horas depois nos média, com grande destaque para as redes sociais e imprensa, "não é de bem" conforme a gíria cá da banda, foram mensagens, caricaturas e muito mais, a denegrir completamente a imagem da Drª Júlia Ferreira, que passou a ser a "vilã" e a "má da fita" das eleições de 2017.
Foram conferências, atrás de conferências de imprensa, protagonizadas quer de forma unilateral ou paralelas a descredibilizar o trabalho levado a cabo pela CNE e o seu porta-voz, mesmo depois de pronunciamentos contrários por parte dos observadores nacionais e internacionais.
Os maiores partidos da oposição, tais como UNITA e CASA -CE, disseram "que iriam impugnar os resultados", outros disseram "que os resultados haviam sido forjados".
Como tal, não se deve atear somente as palavras, os partidos ora susoditos apresentaram cartas solicitando a invalidação dos resultados provisórios.
A conferência de imprensa prestada pela Drª Júlia ferreira, no dia 29 do corrente mês e ano, mostrou que as reclamações apresentadas pelos partidos políticos da UNITA e CASA-CE, foram consideradas improcedentes.
A referida conferência veio tirar o véu que pairava sobre a Drª Júlia Ferreira, igualmente a rotulação de que era alvo a "vilã" ou a "má da fita", devido aos primeiros resultados provisórios divulgados.
A calma, eloquência e perspicácia, são apenas alguns dos apanágios que lhe são intrínsecos. Nesta conferencia de imprensa a Drª Júlia mostra assim que não é a "vilã", nem a "má da fita". Conseguiu meticulosamente prestar informações e dar respostas cabais à cada preocupação apresentada pelos partidos políticos iniciando pela UNITA e posteriormente a CASA -CE.
Drª Júlia Ferreira, jurista de formação, mostra assim que esta à altura do cargo, e não o deixou ficar em mãos alheias, nem deixou um vacatio a quem substituiu o Dr. Adão de Almeida, anterior porta voz da CNE do pleito de 2008.
O que é facto perene na história é o dia 29 de Agosto, dia em que Drª Julia Ferreira mostrou a todos angolanos que não é a "vilã" e sim a "heroína" desta curta metragem "Eleições 2017" que aos poucos vai chegando ao seu final.
Salvum facere Dra. Júlia Ferreira!
Recente
Manuel Marques A opinião de...
Desafios e oportunidades no planeamento e gestão do território em Angola
Anterior
A Opinião de Janísio Salomão Janísio Salomão