Os números são avançados esta Quarta-feira pela imprensa sul-africana, numa altura em que a SAA (South African Airlines) enfrenta uma forte crise financeira e necessita de uma injecção financeira de 763 milhões de dólares de fundos públicos, a concretizar em Setembro.
De acordo com o Ministro das Finanças da África do Sul, Malusi Gigaba, os problemas financeiros da SAA resultam, entre outros, das "dívidas de alguns Governos", relativas às operações locais e venda de bilhetes, que a SAA não consegue repatriar e que somam 77 milhões de dólares.
"Estamos a tratar disso internamente. Também estamos envolvidos com os governos que nos devem, incluindo o Governo angolano, para o repatriamento do dinheiro que nos devem, para que possamos fechar esses livros [contas]", disse o ministro, citado na edição desta Quarta-feira do publicação sul-africana "Business Day".
A redução no montante de divisas disponíveis levou Angola a atrasar vários pagamentos ao exterior, nomeadamente o repatriamento de dividendos de várias companhias aéreas.
De acordo com dados da IATA, associação das empresas do sector da aviação, as companhias aéreas reclamavam a Angola, em Junho, o repatriamento de 477 milhões de dólares de dividendos.
"Temos abordado com o Governo angolano o repatriamento [dos dividendos da SAA]. Esperamos que o novo Governo continue a honrar o acordo que alcançamos. Sabemos que Angola enfrenta muitos desafios económicos, mas nós também, e vários outros países", declarou ainda o ministro das Finanças sul-africano.