De acordo com os dados do estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e consultado pela Lusa, a relação polígama é mais assumida pelas mulheres (22 por cento), enquanto apenas oito por cento dos homens "declararam ter duas esposas ou mais".
"À medida que o nível socioeconómico aumenta, diminui a poligamia", reconhece o IIMS, acrescentando que a percentagem de mulheres "com uma ou mais coesposas aumenta com a idade". Varia de nove por cento entre as mulheres de 15 a 19 anos e 33 por cento entre as mulheres de 45 a 49 anos.
Além disso, a percentagem de mulheres com, pelo menos, uma coesposa é maior nas áreas rurais (29 por cento) do que nas áreas urbanas (18 por cento) e as mulheres com menor nível de escolaridade "são mais propensas a ter coesposas", já que 28 por cento das que declararam não ter escolaridade assumiram ter uma ou mais coesposas, contra 13 por cento das mulheres com nível secundário ou superior.
O estudo reconhece igualmente que a percentagem de mulheres em uniões poligâmicas varia consoante a província, sendo mais baixa em Luanda (14 por cento) e na Lunda Norte (13 por cento), e mais elevada no Kwanza Norte (42 por cento).
No caso dos homens, o IIMS aponta que o número de esposas "aumenta com a idade", ou seja, varia de dois por cento nos homens de 20 a 24 anos, para 14 por cento entre os 45 e os 49 anos.
Os resultados do IIMS 2015/2016 mostram que 55 por cento das mulheres e 48 por cento dos homens, entre os 15 e os 49 anos, são casados ou vivem em união de facto. Por outro lado, 92 por cento dos homens casados ou em união de facto declararam ter apenas uma esposa e oito por cento declararam ter duas esposas ou mais.