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Economist afirma que produção de algodão no país é positiva para a diversificação económica

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a produção de 200 toneladas de algodão em Julho é um bom começo para a diversificação económica em Angola, mas refere que a competição asiática torna os objectivos governamentais "demasiado ambiciosos".

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Comentando a produção de algodão na província de Malanje e do Kwanza Sul, com 200 e 42 toneladas, respectivamente, em Julho, os analistas dizem que apesar de os valores serem baixos, são importantes porque "marcam a primeira colheita de algodão ao abrigo do programa de recuperação da produção".

A EIU salienta que "mesmo que a produção de algodão aumente significativamente, reavivar o sector têxtil do país pode provar-se um desafio" e explica que outros países africanos que tentaram a mesma coisa viram as iniciativas dificultadas pela competição barata da Ásia.

"Mesmo com o apoio da Lei sobre o Crescimento e Oportunidade de África, apoiada pelos Estados Unidos, o custo da manufactura em Angola já é proibitivamente alto, por causa das más estradas, falta de mão de obra qualificada e fraca oferta de energia".

Assim, concluem os analistas da Economist, "o objectivo explícito do Governo de revitalizar a cadeia de valor do algodão pode ser demasiado ambicioso".

Antes da independência, em 1975, a produção de algodão em Angola chegou a mais de 30 milhões de toneladas por ano, mas com a guerra civil até 2002 desceu para 870 toneladas.

O Governo, em 2013, apresentou um plano de médio prazo para restabelecer a produção e o Ministério da Agricultura apontou como meta uma produção de 100 mil toneladas, 40 por cento das quais seriam produzidas em pequenas plantações, e o restante em plantações comerciais, mas, "claramente, Angola está bem longe de atingir estas metas", conclui a EIU.

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