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Telecomunicações

Huawei aposta na criação de centros de formação em Angola

O grupo chinês Huawei criou centros de formação em Angola e seis outros países africanos, para os quais a companhia do país asiático projecta transferir conhecimento e novas tecnologias de informação e comunicação, refere um estudo da Universidade norte-americana John Hopkins.

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No estudo, designado “China - Africa Research Initiative”, o investigador Benjamin Tsui defende que o envolvimento de grupos de telecomunicações como a Huawei “pode ajudar a melhorar as infra-estruturas, bem como formar quadros através da transferência de conhecimento e tecnologia”, sublinhou.

De acordo com o Jornal de Angola, o investigador deixa um conjunto de recomendações aos governos dos países onde o grupo chinês está presente, incluindo o estabelecimento de parcerias com escolas e universidades, prevendo programas de formação e estágios e também com empresas e operadores de telecomunicações.

Criar incentivos para as empresas estrangeiras estabelecerem centros de formação e flexibilizar legislação laboral são outras recomendações deixadas pelo investigador norte-americano.

O director da Huawei para Angola, James Yang, afirmou em 2015 que a subsidiária do grupo chinês já tinha dado formação em telecomunicações a mais de 800 técnicos angolanos e criado mais de 500 postos de trabalho desde que, em 2006, entrou no mercado angolano.

A Huawei é considerada líder de mercado em Angola, onde os seus resultados aumentaram entre 15 e 20 por cento em 2015, de acordo com o director da sucursal, que tem um contracto de exclusividade com a Unitel.

No conjunto dos países africanos, a Huawei presta formação a cerca de 12 mil alunos por ano, estabelecendo como objectivos, no âmbito da responsabilidade social, a transferência de conhecimento e contratação de mão-de-obra local.

Benjamin Tsui disse ainda que a aposta em trabalhadores africanos, que constituem cerca de 60 por cento da mão-de-obra do grupo Huawei no continente, justifica-se também pela rápida expansão da indústria de tecnologias de informação nestes países, pelo maior conhecimento das realidades, custos mais baixos do que trazer trabalhadores chineses e também por incentivos legais à contratação local.

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