Em declarações à imprensa, no final da primeira curta reunião do novo Bureau Político eleito Terça-feira pelo Comité Central do MPLA, depois do VII congresso ordinário, realizado na semana passada, João Lourenço apontou as eleições gerais como o "grande novo desafio" a enfrentar nos próximos tempos.
Segundo João Loureço, que ocupa a pasta da Defesa no Executivo, e foi já secretário-geral do MPLA, não existe actualmente desafio maior que a preparação das eleições gerais, agendadas para Agosto de 2017.
Ainda sobre a sua eleição, João Lourenço disse que tinha ouvido falar da sua escolha, mas pensou ser uma especulação.
"Esta manhã alguém me entrevistou e eu dizia, não, é especulação. O jornalista dizia, ai é, é especulação, então vamos esperar algumas horas. Portanto ele sabia mais do que eu", referiu.
Relativamente aos apelos do líder sobre a disciplina e rigor no partido para a execução dos programas do MPLA, João Lourenço disse corroborar a posição do presidente, segundo a qual um dos pontos fracos é a falta de materialização das ideias "por carência de disciplina, de organização".
"E é por aí onde a gente tem que atacar, temos que imprimir a necessidade de haver maior rigor, maior disciplina em todo o trabalho que realizamos. Portanto, brincadeira é brincadeira, trabalho é trabalho, e temos que levar o trabalho a sério", frisou.
O novo vice-presidente do MPLA, questionado pela agência Lusa, se estaria preparado para ocupar a liderança do partido, em caso de retirada do líder da vida política em 2018 como anunciou recentemente, João Lourenço preferiu não fazer comentários.
"Penso que é muito cedo para falarmos sobre esta matéria, prefiro prescindir de fazer comentários a respeito desta matéria", respondeu.