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Cimangola: nova cimenteira de Sindika Dokolo custou 400 milhões e vai exportar para países africanos

A nova unidade fabril de cimento e clínquer da Cimangola, inaugurada esta Quarta-feira em Luanda, envolveu um investimento de 400 milhões de dólares e vai exportar para outros países africanos, anunciou a administração.

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De acordo com o presidente do conselho de administração da cimenteira, Sindika Dokolo, marido da empresária Isabel dos Santos, a fábrica vai produzir clínquer com novas soluções tecnológicas e garantir ainda auto-suficiência energética.

Localizada no município de Cacuaco, arredores de Luanda, a fábrica ocupa uma área de 687 hectares e tem capacidade para produzir dois milhões de toneladas de cimento por ano e 2,4 milhões de toneladas de clínquer anuais.

"Com a produção desta nova unidade industrial, Angola poderá tornar-se exportadora de cimento para os mercados vizinhos, podendo a cimenteira assumir-se como um sector bandeira do desenvolvimento, rumo a uma nova Angola industrializada", disse o empresário, natural da República Democrática do Congo.

De acordo com informação da própria empresa, a nova unidade fabril vai suprir as necessidades de importação de clínquer em Angola e poupar cerca de 54 milhões de dólares gastos anualmente em importações.

A componente tecnológica da nova unidade fabril da cimenteira vai ainda permitir reduzir drasticamente os custos de produção. "Fundamentalmente, o que nós temos aqui é uma unidade fabril de nível internacional, que nos permite fazer concorrência e competir com as melhores fábricas do mundo, o que nos abre uma perspectiva estratégica que é o grande mercado sub-regional", sublinhou o empresário, também conhecido pela colecção de arte que tem colocado em Angola.

Sindika Dokolo faz ainda saber que esta fábrica, agora inaugurada, em cerimónia presidida pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, já efectuou a primeira exportação, de 50 mil toneladas de clínquer para os Camarões.

"Isso quer dizer que para nós, empresa, o nosso plano estratégico fortaleceu-se muito, mas ao mesmo tempo, em termos de economia angolana, é uma grande novidade, que nós agora conseguimos concorrer com outros país [do golfo] da Guiné", adiantou.

A mais recente fábrica do grupo Cimangola permitiu criar 220 postos de trabalho, com redução ao nível do impacto ambiental, recuperando 80 por cento dos gases produzidos. "Não é só um ganho a nível ambiental, mas também em termos produtivos, porque obviamente com a energia que resulta nos permite também reduzir o nosso custo energético. O objectivo a longo prazo é de acrescentarmos aqui uma linha também de tratamento de resíduos sólidos", apontou o presidente do conselho de administração do grupo.

"A eficiência produtiva permitirá alcançar custos de produção industriais similares aos mercados internacionais permitindo que este investimento se torne num polo industrial que terá por vocação e como ponto de partida uma visão sub-regional e internacional do sector do cimento", concluiu Sindika Dokolo.

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