"Com maior vigor, queremos agora tornar esta cooperação mais robusta e efectiva", disse o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos moçambicano, Isaque Chande.
O governante falava à margem da assinatura de um memorando com o seu homólogo de Angola, Rui Mangueira, que terminou Sexta-feira uma visita a Moçambique iniciada Quinta-feira.
Além da cooperação na formação, o reforço da troca de experiências em matérias ligadas à legislação é visto pelo ministro moçambicano como uma das condições para o fortalecimento da rede de justiça nos dois países.
"Depositamos fé em que, apesar da situação económica, que é conjuntural, os dois países não ficarão inibidos de avançar", acrescentou o governante moçambicano, observando que é ambição dos dois países ver melhorada a assistência jurídica às populações carenciadas.
Rui Mangueira, por sua vez, destacou as "boas relações" que existem entre Moçambique e Angola, mas lembrou que a construção do Estado de Direito assenta no desenvolvimento da Justiça.
"Nós temos absoluta certeza que esta iniciativa levará ao reforço do Estado democrático e de direito", declarou o governante.
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos referiu ainda que as dificuldades dos dois países são quase as mesmas, o que obriga as duas nações a desenharem estratégia conjuntas para o desenvolvimento do sector.
"O acolhimento e o calor dos nossos irmãos do Índico é sempre igual", sublinhou o governante.
Durante a sua visita a Moçambique, a agenda de Rui Mangueira contemplou encontros com o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, o presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga, e a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchile.
Além destas reuniões, o governante visitou a Comissão dos Direitos Humanos em Moçambique e a Ordem de Advogados.
A visita surgiu a convite do ministro da Justiça de Moçambique.