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Professores esperam acordo com Governo este ano

A secretária-geral do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), Hermínia do Nascimento, afirmou que ainda é possível um entendimento com o Governo este ano sobre as principais reivindicações da classe.

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"É nossa pretensão que ainda esse ano tenhamos o nosso estatuto aprovado e implementado, mas é necessário que os sindicatos estejam sempre atentos, porque já vivemos situações de subsídios que foram aprovados e nunca foram implementados", disse Hermínia do Nascimento.

Em conferência de imprensa em Luanda, para apresentação da nota de protesto contra a não inclusão das propostas de revisão dos sindicatos no novo estatuto da carreira docente, a sindicalista disse acreditar na resposta a várias reivindicações da classe, que já levaram a duas greves, em Março e Abril.

A Lusa noticiou na Quarta-feira que o ministro da Educação garantiu que as reivindicações dos professores serão solucionadas, mas não se comprometeu com datas, quando está em cima da mesa uma nova greve no ensino geral.

"Não é uma questão deste ano ou no próximo, é um desiderato para todo o momento. A preocupação é alcançar a satisfação e a cada momento de acordo com o que está disponível e que está à altura da nação", disse o ministro Pinda Simão.

"Tal como o Estado angolano sempre encontrou soluções para os problemas que preocupam os cidadãos", acrescentou.

Questionado pela agência Lusa, Pinda Simão recusou comentar o aviso do Sinprof, que pretende avançar com uma terceira fase da greve no ensino geral no final deste mês, dizendo antes que o Governo "não está a negociar" e sim "a trabalhar com os professores na criação de condições que acomodem melhor os que estão no sistema".

Reagindo às declarações do ministro da Educação de Angola, o secretário-geral do Sindicato dos Professores e Técnicos do Ensino não Universitário (Sinptenu), Zacarias Jeremias, apelou a uma maior sensibilidade do Governo.

"Estamos a trabalhar juntos sim, mas quando alguém diz que estamos a trabalhar juntos devemos respeitar a opinião do outro, apelamos a maior sensibilidade dos nossos dirigentes", disse.

Os professores angolanos afirmam aguardar desde 2013 por respostas do Ministério da Educação e das direcções provinciais de Educação ao seu caderno reivindicativo, nomeadamente sobre aumentos salariais, promoções e redução de carga horária, mas "nem sequer 10 por cento das reclamações foram atendidas".

No sábado passado, os professores angolanos assumiram a disposição para avançarem para nova greve nacional no ensino geral, por considerarem que os resultados obtidos nas negociações com o Governo "foram apenas morais".

O ano lectivo de 2017 começou a 1 de Fevereiro e decorre até 15 de Dezembro.

 

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