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Academia de pesca junto ao deserto do Namibe quer receber 5400 alunos em cinco anos

A primeira instituição de ensino superior em Angola dedicada exclusivamente às pescas e ciências do mar, inaugurada em Moçâmedes, junto ao deserto do Namibe, pelo vice-Presidente da República, Manuel Vicente, prevê acolher 5400 alunos em cinco anos.

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O anúncio foi feito pela coordenadora da comissão de gestão da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, Carmen Van-Dúnem dos Santos, durante a inauguração do empreendimento, que se estende por 70 hectares e que nas duas primeiras fases representou um investimento de 111 milhões de dólares.

"Vamos enquadra-los de uma forma paulatina, vamos fazer uma projecção de 'numerus clausus', de maneira a que possamos ter, daqui a cinco anos, a tal cifra de 5400 alunos", explicou a responsável.

O primeiro lar de acolhimento para alunos de todas as províncias, bem como de países vizinhos, com capacidade para 120 estudantes, abre portas em Fevereiro, no início do próximo ano académico, enquanto o segundo só será construído na terceira fase, a fechar até 2019.

Para Carmen Van-Dúnem dos Santos, a primeira meta passa por receber uma centena de estudantes de países vizinhos, como Namíbia ou África do Sul, ou de língua portuguesa, entre outros, depois de a própria cidade de Moçâmedes criar condições para a avalancha de estudantes que se perspectiva para a pequena cidade pesqueira do sul do país.

Distribuída por cinco edifícios, a academia conta com 30 laboratórios totalmente equipados para investigação científica e capacidade para recriar em terra as aulas práticas a ministrar posteriormente, nomeadamente, no navio-escola que chegará durante a terceira fase da obra.

"Há uma enorme variedade de recursos marinhos que podem ser adequadamente e devidamente aproveitados, se tivermos capacitação, formação e uma investigação científica aplicada ao desenvolvimento da economia azul", destacou a ministra das Pescas, Victória de Barros Neto.

A governante sublinhou que a terceira e última fase da obra da academia de Moçâmedes está pronta a avançar e vai igualmente contar com o apoio financeiro e conhecimento polaco, tal como as anteriores.

"A academia é um exemplo maior da boa cooperação entre os dois povos. Os nossos engenheiros trouxeram o seu melhor, a tecnologia de ponta, para os partilhar com os parceiros angolanos. Agora, entregam não só alguns prédios reluzentes, mas também o melhor equipamento que existe e, enfim, a sua sabedoria, a sua experiência de muitos anos", destacou ainda, na cerimónia de abertura, o embaixador da Polónia acreditado em Angola, Piotr Josef Myhiwiec.

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