A primeira empreitada foi atribuída, por despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 4 de Julho e ao qual a Lusa teve acesso, à Tecnovia Angola, e envolve a reabilitação da estrada de acesso ao local da histórica Batalha do Cuito Cuanavale, província do Kuando Kubango, com uma área total de 30.500 metros quadrados.
A empreitada, no valor de 12,3 milhões de dólares, envolve ainda a reabilitação da Parada do Triângulo do Tumpo, neste caso com uma área de 11.628 metros quadrados.
No texto da adjudicação é referido que o Governo pretende "conferir maior dignidade" ao local daquela batalha, que teve lugar em 1988, "assim como facilitar o seu acesso à população, bem como homenagear todos aqueles que participaram da mesma".
A batalha do Cuito Cuanavale, no conflito civil angolano, considerado o maior combate militar em África após a segunda guerra mundial e que então envolveu forças do Governo, da UNITA e da África do Sul, comemora o trigésimo aniversário em 2018.
A região insere-se no chamado "Triângulo do Tumpo", considerado o ponto principal dos combates do Cuito Cuanavale, ocorridos a 23 de Março de 1988.
Além da evolução da situação política e militar em Angola, a batalha do Cuito Cuanavale é considerada como decisiva na independência da vizinha Namíbia, concluída em 1990, então ocupada pela África do Sul e após ter sido colónia da Alemanha.
Além da obra atribuída à Tecnovia Angola, o Governo escolheu a Afavias, construtora de origem portuguesa, para a obra de contenção e estabilização das ravinas da pista do aeroporto do Cuito Cuanavale, a adjudicar pelo Ministério da Construção por 16 milhões de dólares.