"Em respeito a Angola não temos nenhuma novidade. Temos 48 por cento do BFA e está tudo a funcionar muito bem. Temos a recomendação do BCE [Banco Central Europeu] para que, quando seja possível, reduzir mais um pouco a posição em Angola. Mas não é uma prioridade", afirmou em conferência de imprensa o gestor espanhol, que substitui Fernando Ulrich no cargo.
Forero admitiu ainda que a redução da posição do BPI no banco angolano "a longo prazo pode ser uma possibilidade", reforçando que não é algo que esteja já a ser preparado.
Questionado para o contributo que o BFA deu para os resultados semestrais do BPI, marcados pelo prejuízo de 118 milhões de dólares devido a itens extraordinários, o responsável salientou que o mesmo ascendeu a metade dos 218 milhões de dólares de lucro recorrente, ou seja, 109 milhões de dólares, mais 23 milhões de dólares do que em igual período do ano passado.
De resto, Forero revelou que o BPI recebeu os dividendos de 2014 e de 2015 do BFA em Janeiro deste ano.
O banco explicou o prejuízo com o impacto da mudança de tratamento contabilístico da participação de 48 por cento no Banco de Fomento Angola (BFA), resultante da venda parcial feita no primeiro trimestre, que teve um peso de 246 milhões de dólares após impostos, e do custo de 123 milhões de dólares com o programa de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas.
Já excluindo estes factores extraordinários, o BPI teve resultados recorrentes de 218 milhões de dólares no primeiro semestre, mais 95 milhões do que no mesmo período de 2016.
