O processo envolve a assinatura de um contrato de fornecimento entre os franceses do MFI e o Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, subdelegado do director-geral do Inamet, Domingos José do Nascimento, conforme despacho governamental a que a Lusa teve acesso.
Assinado pelo ministro das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, o documento, de 19 de Julho, refere que o contrato com a MFI envolve ainda obras de construção civil e a prestação de outros serviços no âmbito do contrato, a rubricar, para o projecto de modernização do Inamet.
A concretização deste contrato resulta de um acordo assinado em Luanda, a 3 de Julho de 2015, durante a visita do então Presidente francês, François Hollande, à capital, prevendo uma parceria do Inamet com o instituto público Météo Française Internationale e a empresa angolana LTP Energia.
Não foram adiantados os valores envolvidos neste contrato entre os dois institutos nacionais ligados à meteorologia, em Angola e na França.
No entanto, aquele instituto público chegou a apresentar um Plano de Desenvolvimento Estratégico para o período 2011-2017, avaliado em mais de 116 milhões de dólares, cuja concretização foi dificultada pela crise que afectou o país a partir de finais de 2014.
Previa então o reforço da capacidade operacional do Inamet, como a reposição e funcionamento adequado de 28 estações convencionais, espalhadas por todas as províncias, a instalação de 572 novas Estações Meteorológicas Automáticas (EMAS) para fins sinópticos (previsão de tempo), climáticos, agrometeorológico e hidrológico.
O plano envolvia ainda a instalação de estações de medição da radiação UltraVioleta (UV), descargas eléctricas atmosféricas e qualidade do ar, e a construção de três centros regionais de previsão do tempo para as áreas norte, centro e sul do país.