A decisão, aprovada por despacho presidencial, refere a necessidade de contratação dos serviços de fornecimento e assistência técnica para a realização de revisões capitais e constituição de um banco de peças sobressalentes e de reposição, consumíveis, conjuntos de peças para manutenções planeadas e ferramentas, a utilizar em 18 centrais termoeléctricas e três aproveitamentos hidroeléctricos.
O despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 13 de Julho e ao que a Lusa teve acesso, autoriza o Ministério da Energia e Águas a contratar a empresa AEnergia para o efeito, por 121 milhões de dólares.
Com um forte défice de produção de electricidade face às necessidades, o que leva a constantes constrangimentos no fornecimento, o país enfrenta ainda a inexistência de redes para abastecer as zonas mais rurais e grande parte das cidades são abastecidas geradores a gasóleo ou gasolina.
O recenseamento da população realizado em 2014, cujos dados finais foram revelados no final de Março último, concluiu que o acesso à rede de electricidade é apenas garantido a 1,7 milhões de casas (31,9 por cento), quase exclusivamente em zonas urbanas, já que na área rural apenas 48.173 agregados familiares são servidos.
O estudo identifica que as lanternas são a segundo principal fonte de iluminação e servem mais de 1,752 milhões de famílias (31,6 por cento). Seguem-se em alternativa os candeeiros (14,3 por cento) e os geradores (9,3 por cento).