Segundo despacho presidencial de 5 de Julho, a que a Lusa teve acesso, esse financiamento destina-se à cobertura de projectos do sector da Energia e Águas, "devidamente identificados e aprovados pelo Governo angolano".
O despacho autorizando o contrato com a GE Capital não identifica projectos em concreto, referindo apenas que se integram no Programa de Investimentos Públicos, sendo o empréstimo justificado pelo Governo com a necessidade de "diversificação das fontes de financiamento" para concretizar obras públicas.
O presidente da General Electric, Jeff Immelt, reuniu-se a 25 de Janeiro deste ano com o Presidente José Eduardo dos Santos, tendo avançado com a multinacional norte-americana tinha uma carteira de negócios em Angola que rondava os mil milhões de dólares, nomeadamente na área da produção e transporte de energia eléctrica.
Em maio passado, o grupo acertou a venda a Angola de sete turbinas móveis TM2500 para produção de electricidade nas províncias do Namibe, Huila e Kuando Kubango, fornecendo 200 MegaWatts (MW) de energia.
Uma informação anterior da General Electric indicava que a rede eléctrica nacional, construída há quase meio século, "está agora a envelhecer e necessita de actualização e reabilitação", garantindo o fornecimento, actualmente, a apenas cerca de 30 por cento da população.
A operar em Angola desde 1958, a General Electric emprega no país mais de 500 trabalhadores, em negócios que abrangem sectores chave como o petróleo e gás, energia, aviação, saúde e transporte ferroviário.