Os dados constam do documento de "Reprogramação Macroeconómica do Executivo", que serve de base à revisão em curso do OGE de 2016 devido à quebra nas receitas do petróleo, e indicam que se ultrapassará o limite de 60 por cento do PIB previsto na lei do regime jurídico de emissão e gestão da dívida pública directa e indirecta em vigor.
Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, na revisão das contas de 2016, a previsão do stock da dívida pública governamental - que não inclui as empresas públicas, como a Sonangol - sobe dos inicialmente previstos 49,2 mil milhões de dólares, equivalente a 49,7 por cento do PIB, para 67,3 mil milhões de dólares.
O Governo prevê assim endividar-se, conforme esta proposta, em mais 18,1 mil milhões de dólares, face ao que estava inscrito no OGE aprovado em Dezembro de 2015, dividindo-se entre financiamento interno e externo.
Este endividamento soma-se às necessidades de financiamento iniciais para 2016, que eram de 17,6 mil milhões de dólares.