A informação foi avançada à imprensa pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, no final de uma reunião plenária da CNE que analisou igualmente o relatório da equipa de trabalho daquele órgão que se deslocou à Espanha para monitorização da produção do material de votação, pela empresa espanhola, INDRA.
Júlia Ferreira referiu que entre 5 e 18 de Junho foi realizado o trabalho de mapeamento definitivo das assembleias e mesas de voto, um trabalho conjunto entre a CNE e a empresa SINFIC, que teve como base um mapeamento prévio existente, as referências indicadas pelos cidadãos no processo de registo eleitoral e as Leis da Divisão Política Administrativa e das Codificações das Circunscrições Territoriais.
Segundo Júlia Ferreira, foram privilegiadas as condições de acessibilidade, que vão permitir a livre a circulação das pessoas, dos eleitores, e albergar a logística eleitoral e instalação das assembleias de voto.
"Tivemos algumas situações que foram perfeitamente ultrapassadas, que nós designamos limites intraprovinciais e intramunicipais", explicou Júlia Ferreira, referindo-se a dificuldades na definição geográfica de algumas localidades, que fazem fronteiras com outras localidades quer a nível municipal quer a nível provincial.
"Para essas situações orientamos que se respeitem os limites definidos, quer na divisão administrativa do país quer na Lei da Codificação das Circunscrições Territoriais. Porque do ponto de vista prático acontece que estas populações estão mais viradas nas suas acções do dia-a-dia para a jurisdição de uma outra província", apontou.
Aos comissários provinciais, que participaram do plenário, foi orientado o início da numeração das assembleias de voto e a fixação dos sinais para a sua identificação, para que com a "devida antecedência os cidadãos eleitores saibam onde vão funcionar" as mesmas.
Relativamente à deslocação da equipa de comissários e técnicos da CNE à Madrid, Espanha, Júlia Ferreira disse que ficou comprovada a "prontidão e eficiência" da empresa contratada para a produção do material de votação.
"Nesta primeira fase foi feita a verificação do material de votação para formação que já chegou ao país e agora demos já orientações no sentido de se começar a fazer a produção do material de votação que vai ser usado no dia 23 de Agosto de 2017", disse.
A porta-voz da CNE frisou que o procedimento é "prática tradicional" daquele órgão eleitoral observar, monitorar e controlar se o material em produção obedece às deliberações feitas pelo plenário daquele órgão.
Angola vai realizar eleições dentro de dois meses, e conta para o efeito com um número de 9.317.294 eleitores, segundo dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à CNE.
