A posição foi expressa pela encarregada de Negócios da delegação da UE em Angola, Joana Fisher, ao intervir na sessão de abertura da Conferência Nacional sobre Desminagem, que analisou até Sexta-feira os últimos 15 anos de actividade no país.
A responsável frisou que a UE tem vindo a apoiar o processo de desminagem, liderado pelo Governo, há muito tempo, salientando que sempre financiou projectos nessa em quase todas as províncias do país.
Destacou “o Programa de Emergência ao Apoio de Paz, com o montante de 27 milhões de euros [30 milhões de dólares]” e também os apoios para o Programa de Desminagem de Emergência e para o Regresso e a Instalação Sustentável, com o montante total de 34 milhões de dólares, com vista a melhorar o acesso dos parceiros humanitários às populações isoladas.
Joana Fisher recordou ainda que, num passado mais recente, a UE financiou também o Programa de Apoio ao Sector de Desminagem, no valor de 44 milhões de dólares, que beneficiou 12 províncias com acções de reduções de minas e dispositivos explosivos, educação sobre o risco de minas e outras acções neste domínio.
Os esforços feitos, reconheceu, "permitem ver mudanças positivas nas vidas das pessoas das áreas rurais em Angola, maior liberdade de movimento, maior acesso a fontes de água e mais terra arável disponível para agricultura e outras actividades geradoras de rendimento".
"Esses benefícios são fundamentais para o sucesso a longo prazo do Plano Nacional de Desenvolvimento, queremos ser os parceiros chave de Angola. Os dados a serem apresentados nessa conferência mostram que ainda há uma grande necessidade de continuar a desminagem humanitária em Angola", disse.
