Após a inauguração formal, a abertura operacional da sede da sucursal nacional do banco chinês, em Talatona, arredores de Luanda, está agendada para o dia seguinte, 6 de Junho, divulgou a instituição, que prevê prolongar o processo de captação de clientes corporativos até final de Julho.
A partir de Agosto, o banco, que é uma das maiores instituições financeiras mundiais, arranca as operações em moeda nacional, como transacções a débito e crédito ou concessão de empréstimos, seguindo-se a partir de Outubro transacções sobre o exterior, em euros e dólares.
A Lusa tinha já noticiado a 17 de Maio de 2016 que o Governo autorizou o BOC a abrir uma sucursal em Angola, para desenvolver actividade financeira bancária.
A autorização consta de um decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 13 Maio do mesmo ano, que adianta que a instituição detida pelo Estado chinês vai operar no país com a designação Banco da China - sucursal em Angola.
Criada em 1912, o Banco da China funcionou até 1949 como banco central chinês. Após várias transformações, ainda nas mãos do Estado mas já como banco comercial, tem vindo a concentrar atenções no apoio às empresas e comunidades chinesas fora do país, com destaque para as economias emergentes.
Os bancos centrais de Angola e da China divulgaram anteriormente que estão a acertar os termos de um eventual acordo para permitir o uso das moedas nacionais de ambos os países, nas trocas comerciais bilaterais.
A concretizar-se, esse entendimento permitirá que os agentes económicos de ambos os países possam usar a moeda chinesa (renminbi ou yuan) em Angola e a angolana (kwanza) na China, facilitando as trocas comerciais.
O objectivo passa por garantir que as transacções entre a China e Angola se façam sem recurso a uma terceira moeda, como o dólar ou o euro.