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Endiama e Alrosa unem-se para explorar terceiro maior kimberlito do mundo

As diamantíferas Endiama e Alrosa, assinaram Terça-feira, em Luanda, o contrato de investimento relativo ao projecto mineiro do Luaxe, terceiro maior kimberlito do mundo, cujo estudo de viabilidade técnica se encontra a decorrer.

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A cerimónia de assinatura do contrato foi presenciada pelo vice-primeiro-ministro da Rússia, Yuri Trutnev, que se encontra em Luanda para uma visita de trabalho que visa o reforço das relações bilaterais e de cooperação com Angola.

Em declarações à imprensa, no final do ato, o presidente do conselho de administração da Endiama, Carlos Sumbula, disse que havia necessidade de se rubricar o contrato de investimento para permitir a constituição da Sociedade Mineira do Luaxe.

Carlos Sumbula referiu que o início da produção de diamantes daquela mina está dependente da conclusão do estudo de viabilidade técnico económico. Contudo, as acções programadas para o projecto não sofreram qualquer alteração.

Acrescentou que, concluído o referido estudo, passarão à fase de aquisição de equipamentos, para a construção da primeira central de tratamento.

"Se isso vai acontecer em finais de 2018 ou 2019, depende do estudo de viabilidade técnico económico que estamos a constituir agora. Pensamos que entre um ano, ano e meio [conclusão do estudo]", apontou.

O responsável avançou ainda que o kimberlito de Luaxe "é muito grande", o que permitirá duplicar a produção do país, por isso não podem ser cometidos "erros na elaboração do estudo", sob pena de haver "constrangimentos no futuro".

Relativamente à execução, Carlos Sumbula garantiu que tudo está programado e deverá acontecer conforme previsto.

"O constrangimento que estamos a pretender dirimir agora é em relação à quantidade de diamante que vai para o mercado internacional, que vai aumentar a oferta e poderá diminuir o preço", disse.

O presidente do conselho de administração da Endiama, a diamantífera estatal, manifestou a confiança que esse pormenor está acautelado com o facto de nos próximos anos algumas minas, de outros países, cessarem a exploração.

"Isso vai facilitar a nossa actividade, na medida em que quando o Luaxe entrar em produção muitas minas, à volta do mundo, terão atingido a sua exaustão e aí vai fazer com que a oferta do mercado seja do Luaxe e de algumas minas mais que teremos descoberto em Angola. E haverá sempre o equilíbrio que pretendemos, ou seja, não haverá excesso de diamantes no mercado internacional", frisou.

Na cerimónia foram assinadas a escritura pública de constituição da Sociedade Mineira do Luaxe e o Memorando de Entendimento entre a Endiama e a Alrosa.

O Luaxe, localizado na província da Lunda Sul, é uma concessão mineira na qual terá participação das empresas Endiama e Alrosa, ambas com quota de oito por cento cada, Catoca (50,5 por cento), Artcon (23,3 por cento), Makakuima (5,2 por cento) e Kollur (cinco por cento).

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