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Empresa pública Recredit vai comprar crédito malparado à banca

A nova empresa pública, uma espécie de banco mau para concentrar activos de cobrança duvidosa, vai começar a assumir o crédito malparado da banca pública, mas o Governo admite alargar a operação também às instituições privadas.

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De acordo com o ministro das Finanças, Archer Mangueira, citado esta Segunda-feira numa informação daquele ministério, a Recredit "vem coadjuvar a banca nacional no domínio do crédito concedido, libertando-a de processos paralisados", os quais a limitam no "cumprir uma das suas principais missões, a de conceder crédito à economia".

Inicialmente, a Recredit "vai centrar-se na aquisição do crédito malparado na banca pública", refere o Ministério das Finanças, que admite a hipótese de "adquirir créditos problemáticos em toda a banca que desenvolva actividades no território nacional, desde que relacionados com processos direccionados à economia angolana".

A sociedade anónima de capitais públicos Recredit foi criada em 2016 enquanto participada a 100 por cento pelo Ministério das Finanças, com o objectivo de absorver o crédito malparado do estatal Banco de Poupança e Crédito (BPC), um dos maiores do país, mas a missão foi alargada por decisão do Presidente José Eduardo dos Santos, em Dezembro último, a toda a banca nacional.

Para o ministro das Finanças, que na Sexta-feira apresentou a nova sociedade que vai gerir estes créditos aos responsáveis da banca que opera no país, trata-se de uma "pioneira" na resolução dos problemas financeiros envolvendo os bancos, admitindo que poucos países seguiram até agora este caminho.

"Pretendemos que esta empresa, detida pelo Estado, se transforme num veículo saudável e regenerador da nossa estrutura económica. Temos confiança em que os seus órgãos sociais e os seus quadros saberão percorrer com eficiência este caminho", enfatizou o governante.

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