De acordo com Justino Pinto de Andrade, trata-se de uma "decisão tomada ao cabo de um ano de conversações" e aguarda apenas pelo aval da coligação para formalizar a adesão como quinto partido integrante da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), liderada por Abel Chivukuvuku.
"A vontade de adesão está consumada numa decisão do conselho nacional do partido tomada no Sábado. Elaborámos o documento que será entregue hoje e agora teremos de formalizar tudo isso a nível das instâncias judiciais. Até aqui não há qualquer problema, é uma vontade soberana do conselho nacional", informou Segunda-feira à Lusa Justino Pinto de Andrade.
O presidente do Bloco Democrático, partido com forte implantação sobretudo em Luanda e que foi impedido de concorrer às eleições gerais de 2012 em Angola, afirmou tratar-se de uma vontade "soberana" dos militantes.
Acrescentou que a proposta de integrar a coligação será imediatamente remetida à direcção da CASA-CE, incluindo a ata que expressa a vontade dos militantes.
Justino Pinto de Andrade aguarda por uma "resposta positiva" da direcção da CASA-CE, ao que se seguirá a formalização de um acordo para estabelecer "as regras do jogo".
"Porque a vontade política foi manifestada por intermédio de uma declaração, resultado da reunião do conselho nacional, agora falta-nos o estabelecimento do acordo formal. O objectivo é concorrermos coligados nas próximas eleições de Agosto, porque a CASA-CE é uma coligação eleitoral", explicou, garantindo que o Bloco Democrático continua a ser "independente".
Segundo Justino Pinto de Andrade, o Bloco Democrático tenciona concorrer às eleições no quadro da coligação, mas "mantendo a sua identidade própria", sendo que a adesão deve manter-se após as eleições.
"É evidente que o nosso trabalho não se esgota apenas no ato das eleições, mas nós temos também uma sequência de interacções depois, ao longo sobretudo do futuro do nosso país, e naturalmente aí tem que haver uma renovação de vontades", acrescentou.
A CASA-CE é a terceira maior força política saída das eleições de 2012 em Angola.
Criada nesse mesmo ano, a coligação é actualmente constituída por quatro partidos políticos: o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), o Partido Pacífico Angolano (PPA) e o PAADA - Aliança Patriótica.
"A lei não impede que os partidos políticos se coliguem, pois ela contempla a possibilidade de os partidos políticos concorrerem separadamente ou coligados, portanto aqui não há nenhuma violação à lei, há apenas o respeito pela lei", concluiu Justino Pinto de Andrade.