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José Eduardo dos Santos sublinha trajectória descendente da inflação

O líder do MPLA manifestou em Luanda, regozijo pela "trajectória descendente da inflação", que já se situa próxima do intervalo ambicionado de variação mensal dos preços, não superior a 1,5 por cento.

Walter Fernandes:

José Eduardo dos Santos, também chefe de Estado, discursava na abertura da reunião extraordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), tendo feito uma breve análise sobre a actual situação económica e financeira do país.

O Presidente sublinhou a particular atenção que tem sido dada ao controlo da inflação, à estabilização das reservas internacionais líquidas e à aceleração dos processos que reduzam a dependência externa no acesso aos bens essenciais de consumo e condução à diversificação das receitas fiscais.

"Temos neste momento boas razões para confiar numa trajectória descendente da inflação, que já se situa próxima do intervalo que ambicionamos de uma variação mensal dos preços não superior a 1,5 por cento", disse José Eduardo dos Santos.

Segundo o líder do MPLA, os bons resultados na "redução sensível dos preços dos bens da cesta básica, protegendo as famílias de menor rendimento", têm sido garantidos com a canalização meticulosa dos recursos cambiais para a importação dos bens de primeira necessidade e dos insumos necessários à sua produção, a par de uma política de rendimentos compatível com a trajectória de ajustamento.

"Foram definidas medidas concretas para estimular o fomento e o aumento da produção nacional, com vista a reduzir paulatinamente as importações daqueles produtos que podem ser produzidos internamente e a aumentar a diversificação e o aumento das exportações", enumerou.

José Eduardo dos Santos reconheceu que apesar dos esforços, o quadro de predominância de bens importados em que o país ainda se encontra tem impedido de momento "a adopção de medidas cambiais e monetárias clássicas".

"Como seriam uma desvalorização da nossa moeda, para protecção das reservas nacionais, e uma subida concomitante das taxas de juros para suster a inflação, que daí pudesse advir, porque o efeito combinado dessas medidas iria desacelerar o investimento privado e o indispensável, a diversificação sustentável da nossa economia", disse.

Para o líder do partido no poder, com essas medidas estão criadas "as condições para atender melhor as necessidades da população e da economia".

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