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Defesa

Polícia aperta vigilância para evitar entrada de grupos armados da RDCongo

O comandante-geral da Polícia Nacional de Angola informou Terça-feira que estão em curso acções de reforço de patrulhamento na fronteira com a República Democrática do Congo (RDCongo), para evitar a "penetração" de grupos armados em território angolano.

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A situação afecta o leste do país e resulta dos conflitos étnico-políticos no Casai e Casai Central, na RDCongo, na fronteira com a província angolana da Lunda Norte, para onde terão fugido mais de 12.000 refugiados congoleses nos últimos dias, face à onda de violência naquela região.

"Estão a ser tomadas as medidas. Nós não podemos ficar impávidos, estamos a tomar as medidas de contenção para que não haja penetração de forças armadas para dentro do nosso país", disse o comissário Ambrósio de Lemos.

Em declarações à rádio pública, o comandante-geral da Polícia Nacional garantiu que os refugiados congoleses que se encontram em território nacional estão a receber "tratamento humanitário" e que no plano político o caso está a ser tratado "Estado a Estado" e através de uma comissão interministerial criada para o efeito pelo Governo.

No Domingo, só no Centro de Acolhimento de Mussungue, na Lunda Norte, estavam instalados mais de 3200 refugiados, dos quais 1400 eram crianças, número que não parava de aumentar, segundo as autoridades locais.

A situação já levou o Chefe do Estado-Maior Adjunto das Forças Armadas da RDCongo, general Dieudonnè Ameli ao Dundo, na Lunda Norte, para uma reunião com o general Gouveia de Sá Miranda, comandante do Exército.

Só a província da Lunda Norte partilha 770 quilómetros de fronteira com a RDCongo, dos quais 550 terrestres e os restantes com limites fluviais.

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