A informação consta do relatório semanal do BNA, divulgado esta Segunda-feira, sobre a evolução dos mercados monetário e cambial entre 20 a 24 de Fevereiro, e surge após os 182,3 milhões de euros e os 142,6 milhões de euros das duas semanas anteriores.
Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas - mantêm-se em euros há praticamente um ano -, em vendas directas equivalentes a 389,5 milhões de dólares, cobriram as necessidades de importação de bens alimentares (126,4 milhões de euros) e também operações dos sectores da Indústria (18,7 milhões de euros), do Petróleo (53,7 milhões de euros) e para importação de peças e acessórios para o sector dos transportes (37,6 milhões de euros).
Para a cobertura das operações das companhias aéreas, que reclamam da retenção em Luanda de verbas por falta de divisas para repatriar, o BNA vendeu na última semana 17,9 milhões de euros e para garantir o repatriamento de salários por trabalhadores expatriados foram disponibilizados 880 mil euros.
As casas de câmbio voltaram a ser contempladas com divisas (5,4 milhões de euros), assim como as empresas de envio de remessas para o estrangeiro (4,5 milhões de euros).
A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada pelo banco central no final da última semana, permaneceu inalterada nos 166,733 kwanzas por cada dólar e nos 186,287 kwanzas por cada euro.
No mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa menos de 400 kwanzas, uma forte quebra face a semanas anteriores.