Na informação da multinacional australiana, a que a Lusa teve acesso, a Lucapa refere que só durante o ano de 2017, nas duas vendas já realizadas, aquela mina, localizada na província da Lunda Norte, facturou 10,7 milhões de dólares.
Na segunda dessas vendas - em apenas dois meses - a parcela de 1.552 quilates de diamantes em bruto, extraídos da mina do Lulo, rendeu 6,9 milhões de dólares, incluindo um único diamante de 227 quilates, o segundo maior encontrado no país.
"Isto representa um preço médio excepcional de 4446 dólares por quilate, o que realça a qualidade dos diamantes recuperados", lê-se na informação da Lucapa, que acrescenta que a mina atingiu desta forma o objectivo dos 100 milhões de dólares australianos em vendas.
Na mina do Lulo foi encontrado em Fevereiro de 2016 o maior diamante de Angola e 27.º maior do mundo, com 404,2 quilates, cuja venda em bruto rendeu 16 milhões de dólares.
A operação naquela mina arrancou em Agosto de 2015, numa parceria da Lucapa (40 por cento), que é também a operadora, com a estatal do sector diamantífero Endiama (32 por cento) e os privados da Rosas & Pétalas (28 por cento).
Esta mina está localizada a 150 quilómetros da Catoca, na mesma província e a quarta maior do mundo, operada pelos russos da Alrosa e responsável por 75 por cento da produção nacional, sendo Angola actualmente o quinto maior produtor do mundo.
Após seis anos de prospecção na zona, a exploração no Lulo arrancou em 2015, no âmbito de um contrato para a concessão da produção naquela área (238 quilómetros quadrados), incluindo mais de 50 quilómetros ao longo do rio Cacuilo, válido por 35 anos. Na fase anterior, a Lucapa tinha já anunciado a descoberta de diamantes de grandes dimensões, o maior dos quais de 133,4 quilates.